quinta-feira, 19 de julho de 2012

Bezerra de Menezes - O Médico dos Pobres e Político Humanista

Por Gilberto Schoereder

Mais do que um dos nomes mais conhecidos do Espiritismo no Brasil, Bezerra de Menezes passa para a história como um exemplo de devoção ao próximo. Hoje em dia, mais do que nunca, um exemplo que deve ser observado com muita atenção.

Bezerra de Menezes foi chamado de "o Kardec brasileiro", "o médico dos pobres", lutou pelos direitos e liberdades dos espíritas, foi uma das personalidades públicas mais conceituadas do Brasil na segunda metade do século 19, e conseguiu dar uma nova orientação e ânimo ao Espiritismo no país.

O resultado de sua obra se estende até esse início de século 21, com a multiplicação de centros e comunidades espíritas que carregam, mais do que o seu nome, sua postura diante da vida e o esforço em ajudar o próximo sem esperar qualquer tipo de recompensa.

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu em Riacho do Sangue, no Ceará, em 29 de agosto de 1831, descendente das primeiras famílias que vieram do sul para povoar o Ceará. Começou seus estudos na escola pública em 1838 e, em 1842, foi para o Rio Grande do Norte: sua família teve de se transferir por motivos políticos, uma vez que eram liberais e estavam sendo perseguidos. Retornou ao Ceará em 1846, completando seus estudos em Fortaleza.

Bezerra de Menezes foi para o Rio de Janeiro em 1851 e, a partir de novembro de 1852, entrou como interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia, auxiliando o dr. Manoel Feliciano Pereira de Carvalho, famoso cirurgião da época. Com dificuldades financeiras até para pagar seu aluguel, Bezerra contou que, certo dia, ao baterem à sua porta, ele imaginava que seria o senhorio cobrando o aluguel que ele não poderia pagar.

No entanto, era um jovem que o procurava para ter aulas de matemática, uma matéria que Bezerra não suportava. O jovem lhe deixou um pagamento adiantado, e marcou uma data para a aula. Bezerra foi à Biblioteca Pública estudar a matéria e, ao voltar para a aula, o jovem não apareceu. Segundo ele, nunca mais o reviu ou ouviu falar dele, mas conseguiu pagar o aluguel. "Foi a única vez", disse Bezerra, "que estudei a fundo uma lição de matemática, e ela me valeu de alguma coisa".

Em 1856,  conseguiu obter seu doutorado pela Faculdade de Medicina, defendendo a tese Diagnóstico do Cancro.

Depois de sua formatura, resolveu modificar seu nome, abandonando o sobrenome Cavalcanti. Posteriormente, em 1857, candidatou-se ao quadro de membros da Academia Imperial de Medicina, apresentando o trabalho Algumas Considerações sobre o Cancro, Encarado pelo Lado do Seu Tratamento.

Em 1858, candidatou-se a uma vaga na Seção de Cirurgia da Faculdade de Medicina e, no mesmo ano, o então nomeado cirurgião-mor do Exército, seu professor Manoel Feliciano, nomeou Bezerra de Menezes seu assistente, com o posto de cirurgião-tenente. De 1859 a 1861, fez a redação dos Anais Brasilienses de Medicina, da Academia Imperial de Medicina.

Posteriormente, iniciou um período de atividades políticas que fariam com que seu nome se tornasse ainda mais conhecido no país. Na época, ele residia e clinicava em São Cristóvão, e foi convidado por amigos para ingressar na vida política, começando como vereador, em 1860. Em 1867, chegou a deputado; em 1878, foi líder do Partido Liberal, e de 1878 a 1880, presidente da Câmara Municipal.

Encerrou suas atividades políticas em 1885, ainda que seu nome tenha sido cogitado para senador pelo Rio de Janeiro, pouco antes da proclamação da república.

Nessa época, o Espiritismo já começava a ter um grande destaque no país, e cada vez aumentava o interesse pelo assunto, atraindo mais e mais pessoas. Assim, em 1875 surgia a primeira edição brasileira de O Livro dos Espíritos, traduzido por Joaquim Carlos Travassos, que ofereceu um exemplar ao dr. Bezerra de Menezes.

Segundo consta, Bezerra relatou o seguinte, ao ler o texto: "Lia, mas não encontrava nada que fosse novo para meu espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim! Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava em O Livro dos Espíritos. Preocupei-me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, como se diz vulgarmente, de nascença".

Ao mesmo tempo em que entrava em contato com o Espiritismo, Bezerra de Menezes continuava seu trabalho como médico, destacando-se por sua postura humanista, atendendo pessoas sem condições de pagar o tratamento e até mesmo indigentes.

No livro Lindos Casos de Bezerra de Menezes (LAKE), de Ramiro Gama, essa postura do "médico dos pobres" fica bem clara num texto em que ele fala sobre a atitude ideal de um médico: "O médico verdadeiro é isto: não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado e achar-se fatigado ou por ser alta a noite, mau o caminho e o tempo, ficar perto ou longe do morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou que diz a quem lhe chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante da medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos da formatura".

A adesão pública ao Espiritismo surgiu em 1886, com sua filiação à Federação Espírita Brasileira, e com um famoso discurso proferido no dia 16 de agosto daquele ano, no salão da Guarda Velha. Alguns pesquisadores afirmam ainda que, com o pseudônimo de Max, ele começou a escrever para o jornal O Paiz em 1886; outros dizem que foi no ano seguinte. O mais importante, no entanto, é que os textos de Bezerra de Menezes chegam a ser considerados entre os mais importantes estudos filosóficos e doutrinários do Espiritismo no país, além de defenderem a doutrina de uma série de ataques que começava a sofrer.
Federação Espírita

Em 1890 e 91 foi vice-presidente da FEB, época em que também traduziu o livro Obras Póstumas, de Allan Kardec. Mas foi uma época em que Bezerra de Menezes esteve mais afastado da Federação, dedicando-se mais ao Grupo Ismael e aos estudos de Kardec e Roustaing.

Já ao final de 1891, a FEB passava por divergências internas e ataques externos abalando o Espiritismo, situação agravada pela instabilidade política do país, que ampliava a divisão entre os espíritas. Essa situação se estendeu até 1895, quando as finanças da entidade já estavam bastante prejudicadas. Assim, a pedidos, Bezerra voltou a assumir a presidência, cargo que estava vago, sendo considerado o único espírita capaz de reverter a situação.

Com sua postura nada ambiciosa e desapegada das coisas materiais, Bezerra de Menezes conquistou a admiração de muitas pessoas, mas também teve problemas, sendo reduzido à pobreza em 1892. Mas não abandonou a luta em favor do Espiritismo, escrevendo sua seção dominical de O Paiz, artigos para o Reformador, e romances. Segundo alguns historiadores, Bezerra manteve-se como uma das poucas, senão a única voz a defender o Espiritismo no país, nessa época conturbada.

Ele se manteve como presidente da FEB até desencarnar, no dia 11 de abril de 1900. Deixou como grande alteração a orientação evangélica da Federação, recomeçando o estudo sistemático de O Livro dos Espíritos, realizando sessões públicas, e atraindo cada vez mais pessoas e conquistando um respeito crescente para o Espiritismo.

Não é por acaso que chegou a ser chamado de "o Kardec brasileiro", e sua obra mais consistente – e que encontra paralelos ainda hoje, em inúmeras obras assistenciais –, foi a que se refere à ajuda aos pobres e necessitados, não pensando duas vezes na prestação de serviços e em dividir o pouco que possuía.

No mundo extremamente materialista em que vivemos nesse início de século, é um exemplo que deve sempre ser seguido.
 
http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/esp-ciencia/005/bezerra.html

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Guarulhos – Preconceito tô fora! Venha pra esta campanha também!


Com o proposito de dar continuidade ao nosso trabalho por uma Guarulhos melhor, O Prefeito e Candidato a reeleição Sebastião Almeida, seu vice Carlos Derman, o Deputado Estadual Alencar e eu Ogan Lumeno, e demais militantes estivemos presente na passeata no Jardim São João no dia 15 de Julho, com o intuito de conhecer de perto as necessidades dos moradores e comerciantes do bairro.

Visando sempre o bem estar da população Guarulhense e a importância do contato direto com o povo e assim estabelecer um governo cada vez melhor para a Cidade atendendo as suas necessidades.

Ogan Lumeno é 13.450, A boa nova  desta campanha é uma cidade sem preconceito!
Venha fazer parte desta ideia!
Preconceito tô fora!

VI SEMANA DA MULHER NEGRA LATINOAMERICANA E CARIBENHA.

A Prefeitura Municipal de Guarulhos através da Coordenadoria da Igualdade Racial – CIR, irá realizar a VI SEMANA DA MULHER NEGRA LATINOAMERICANA E CARIBENHA.

O Dia da Mulher Negra Latinoamericana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afrolatinoamericanas e Afrocaribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana. Esta semana tem objetivo de dar uma maior visibilidade “a luta e as ações de promoção, valorização e
debate sobre a igualdade da mulher negra brasileira”.

Programação

ABERTURA

Quarta-feira, 25 de julho de 2012 – 10h00
A Trajetória das Mulheres Negras no Mundo do Trabalho Minhas, Suas, Nossas Historias

Convidadas:
Pesquisadora Eliane Barbosa Conceição - (CEAPG- FGV/SP)
Francisca Bueno dos Santos - Coordenadora do Mova

Márcia Campos Eurico - Universidade de Guarulhos UNG
Alice Aparecida dos Santos – Secretaria de Saúde

Celebração - Religião de Matriz Africana
Mãe Clarice D'OYA e Dalva D'OXUM

Exposição de Fotos : Mulheres Negras no Mundo do Trabalho
Local: Adamastor – Av. Monteiro Lobato , 772 Macedo Guarulhos

Palestra - Os Desafios da Mulher Negra no Cenário Politico Brasileiro


Data: Terça-feira, 31 de Julho – 14h30 -

Tema: Os Desafios da Mulher Negra no Cenário Politico Brasileiro.

A Palestra tem como objetivo apontar caminhos e propostas de superação dos obstáculos para Mulheres Negras para alcançarem os espaços de Poder Politico no Legislativo.

Convidadas:

Deputada Federal - Janete Pietá

Deputada Estadual – Leci Brandão

Local:  Paço Municipal
Av. Bom Clima, 91 – Bom Clima – Guarulhos

Informações:Tel. (11) 2408-5597/ 2409-6843 - igualdaderacial@guarulhos.sp.gov.br

Foto: Ogan Lumeno e Deputada Federal Janete Pietá

Artigo do Ogan Lumeno - 13.450!

SAIR DA INVISIBILIDADE, DISPUTAR ESPAÇO PUBLICO JÁ !

Na luta politica o que mais ouço é que o povo do santo não faz diferença no mapa eleitoral.
Apesar desta avaliação tenho discutido e apresentado propostas a partir da nossa visão de mundo no governo do município de Guarulhos desde a administração do Eloi Pietá.

No governo do Prefeito Almeida tenho procurado utilizar o espaço politico que conquistamos na construção de uma cidade sem preconceitos.
Conseguimos no ano passado abrir as comemorações do aniversario da cidade com a marcha da Oxum que passou a constar do calendário oficial, realizamos diversas atividades utilizando os mais diversos espaços públicos, contamos em nossas atividades sempre com algum apoio do governo municipal.

O meu Partido, o PT sempre trabalhou pela construção de um Pais sem preconceitos e sempre garantiu espaço para a militância dos religiosos Afro-brasileiros.
Então porque a afirmação que o povo do Santo não faz diferença nas eleições?
Na verdade a maior dificuldade encontrada é a participação politica de nosso povo.



A grande maioria foge da discussão politica alegando que não podemos misturar politica e religião.
Mas como não discutir Religião e politica se temos lições a ensinar a sociedade.
São bases fundamentais de nossa Religião , o respeito aos mais velhos , as mulheres, a livre orientação sexual, respeito ao meio ambiente, proteção e educação as criança e a pratica diária da caridade e solidariedade.

Nos que já fomos fundamentais na construção da identidade do povo brasileiro, temos muito a dizer sobre ética e respeito ao bem coletivo.
Somos cidadãos mesmo antes de sermos religiosos, praticantes de uma religião e como cidadão devemos exigir que a cidade nos proporcione as mesmas facilidades que proporciona a outras denominações religiosas.

Mas o que dizer se muitas vezes é pratica comum dos filhos de Axé esconder sua religião.
O que precisamos é nos orgulhar da nossa fé em primeiro lugar só assim seremos respeitados e ouvidos em nossas reivindicações.

Não podemos deixar de exercitar o nosso direito de votar e disputar as eleições com nossos candidatos próprios e nossos projetos de governo.
O povo do Axé faz parte de Guarulhos e a cidade tem de encontrar caminhos para incluir cada dia mais este povo que ocupa com suas casas de culto, grande parcela da periferia da cidade e não pode continuar invisível aos olhos do poder publico.



Mas antes de mais nada quem tem que dizer que existe somos nós.


José Lumeno - 13.450 , Almeida 13 - Guarulhos A Capital da Mediunidade!

terça-feira, 17 de julho de 2012

SEGURANÇA É DIREITO !

Artigo: Segurança eu quero, Violência Não!

Quando se aproxima o período eleitoral diversos debates se acirram  na sociedade, o que é um bom sinal pois consolida cada vez mais nossa jovem democracia é o reconhecimento de que o exercício do voto e a participação popular são os únicos caminhos legítimos  para escolhermos nossos governantes e os planos de governo serem executados.
O que acontece é que determinados temas passadas as eleições ficam relegados a programas de comunicação de qualidade duvidosa ou quando algum acontecimento relevante atinge o noticiario dos grande meios meios de comunicação.
Entre estes  assuntos  esta a questão da Segurança Publica!

O que preocupa é que em diversas oportunidades são apresentadas de forma simplista propostas para acabar com a violência no dia a dia das nossas cidades:
- Rota na rua, bandido bom é bandido morto, pena de morte já, policia 24 horas em todos os logradouros públicos e redução da maioridade penal .
Este é um discurso de fácil assimilação pela parcela conservadora da sociedade e muitas vezes por militantes e gestores públicos de esquerda.
A pergunta : É possível acabar com o mal cheiro dos rios e córregos sem investir no tratamento de esgotos ?
Tenho absoluta certeza que não .
Mas onde esta o gargalo da Segurança publica que nós Petistas, que estamos há mais de 10 anos gerindo os governos federal ,estadual e municipal ? Será que nossos programas de Inclusão Social e geração de renda não apresentaram resultados nesta área ?

Investir na inclusão econômica das pessoas incluindo-as no mercado proporcionando poder de compra , oferecer educação publica e gratuita de qualidade em todos os níveis, formação e requalificação profissional, reurbanização de favelas, saneamento básico, programas habitacionais , áreas de esporte e lazer, também são considerados investimentos em segurança publica mas que somente na ultima década com a vitoria das forças populares , capitaneadas pelo PT , tiveram fortes incentivos do governo federal e se encontra-sem o mesmo empenho nos governos estaduais com certeza já teríamos atingidos melhores resultados do ponto de vista da segurança publica.

Precisamos superar o dogma de que Segurança Publica é apenas policia patrulhando as ruas .

As forças policiais no Brasil foram formadas a partir de uma visão patrimonialista (Proteger o patrimônio e não o ser Humano) é por isto que nos Jardins se patrulha e na periferia se espanca e mata.
As mortes praticadas pelas forças policiais são em sua maioria contra cidadão jovem de pele negra; a primeira guarda do Brasil foi criada para a captura de escravos .

Do ponto de vista ideológico a sociedade atual esta preocupada com o acumulo de riqueza, consome e desperdiça os recursos naturais não se preocupando com as gerações futuras.

Os meios de comunicação propagam para a juventude que o sucesso é possuir carros, motos, roupas e calçados de luxo , mansões e grande soma em dinheiro não importando a forma como foram adquiridos.

É preciso fazer esta disputa ideológica na sociedade; valores como solidariedade, caridade, respeito as diferenças precisam ser recolocados na ordem do dia.
A riqueza não pode ser colocada acima da vida de outro ser humano.
Isto não é utopia! Do ponto de vista politico e religioso é o caminho que precisamos seguir trilhando para construir um País melhor e seguro.

O combate a todo tipo de violência e principalmente ao trafico de drogas e armas precisa ser executado com uso da inteligencia e tecnologia.

A quem interessa o trafico de drogas, armas e a exploração sexual e o roubo de veículos?
O investidor destas atividades econômicas extremantes  rentáveis não esta na periferia das cidades.
É preciso combater o financiador do trafico e não o viciado .
A sociedade precisa se dar conta que atrás da peça barata nos desmanches esta o roubo e assassinato. Além do estado a sociedade também precisa fazer a sua parte.

Nossas penitenciarias não podem continuar a ser depósitos de lixo humano sem reeducar; de que adianta privar o cidadão da liberdade .
Estas constatações são feitas pelas forças democráticas e populares a muitos anos, mas mesmo exercendo diversos governos as mudanças são poucas, precisamos romper este imobilismo e não cair na tentação fácil de combater violência criminal com mais violência estatal.

Segurança, Policia, Guarda é pra proteger gente , prisão é para recuperar e não para enlouquecer ou formar profissionais da arte do crime .
Traficante é empresario, com empresa irregular, sem licença de funcionamento , suas atividades precisam ser encerradas; porém seus funcionários e clientes precisam de outros empregos e tratamento.
Pena para trafico de drogas, armas e exploração sexual tem de ser exemplar.
É preciso ainda enfrentar o debate da desmilitarização das policias, atualizar o código penal, melhorar salários das forças de segurança, dar aparato tecnológico e investir em presídios que recuperem o cidadão e investir nas  clinicas de tratamento de dependentes quimicos.

Os governos locais precisam ter maior poder de decisão nas ações das PMs, elas não podem continuar sendo comandadas a distancia por quem não conhece as carências da cidade  .
O soldado não pode continuar a ser punido porque não engraxa a bota e não levar nem mesmo uma advertência quando humilha o cidadão nas ruas.
O Estado não  pode manter  Justiça diferenciada para PMs que são funcionários públicos.

Segurança é direito a uma boa vida com lazer e tranquilidade para toda população.
O papel das forças de segurança deve ser o de primeiro proteger a vida e não a propriedade, portanto ela precisa estar não só na área nobre mas também na periferia com policiamento preventivo e profundo respeito aos diretos humanos.
A sociedade organizada também precisa fazer a sua parte , participando ativamente das instancias de discussão sobre segurança publica colaborando e exigindo correção de rumos .


Segurança não pode se tonar  prioridade e objeto de debates e estudos apenas no período eleitoral e pelos especialistas nas Universidades .
Os movimentos Populares , Sindicais as forças politicas de esquerda precisam enfrentar este debate e buscar a construção de  instrumentos de participação popular que nos leve a ter uma cidade mais segura e inclusiva.

José Lumeno - Coordenador da Assessoria Politicas para Comunidade de Matriz Africana - (ACOTRAMA) e Diretor de Comunicação do Instituto de Resistencia Cultural Afro Brasileiro - MOVIASES

segunda-feira, 16 de julho de 2012

A Lei de Justiça, Amor e Caridade e a Política

"Como se pode definir a justiça? -

A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais". (Questão nº 875 de O Livro dos Espíritos). Para o Espiritismo, justiça é: cada um respeitar os direitos dos demais. Também para ele, duas coisas determinam tais direitos: A lei humana e a lei natural. Esclarece, no entanto, que as leis humanas são formuladas de conformidade com os costumes e caracteres de uma determinada época e sociedade, por isso são mutáveis.

Essas leis regulam algumas relações sociais, ao passo que a lei natural rege até mesmo o que ocorre no foro da consciência de cada um. Dentre os direitos de que o ser humano dispõe destaca o Espiritismo que o primeiro de todos é o direito de viver. Isto está fundamentado na resposta à Questão nº 880 de O Livro dos Espíritos: "Por isso é que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal". Compreende-se que as afirmações "atentar contra a vida" e "comprometer-lhe a existência" são muito amplas, envolvendo tudo aquilo que seja prejudicial à vida humana física e espiritual. Toda ação que atente contra a vida não deve ser praticada pelo espírita, bem como a esse tipo de ação ele deverá se opor, onde observe sua manifestação.

O Espiritismo nos diz que o amor e a caridade completam a lei de justiça, pois quando amamos o próximo desejamos fazer-lhe todo o bem que nos seja possível, da mesma forma como gostaríamos que nos fosse feito. Sob tal enfoque, afirmou Jesus: "Amai-vos uns aos outros". Segundo Jesus, a caridade não se restringe à esmola, ela abrange todo o relacionamento humano. É de se ver a amplitude que, assim, assume a caridade, impondo para seu aparecimento o exercício da lei de justiça. Depreende-se, pois, que sem justiça não há caridade.

Na Questão nº 888 de O Livro dos Espíritos encontramos: "Condenando-se a pedir esmola, o homem se degrada física e moralmente: embrutece-se. Uma sociedade que se baseie na Lei de Deus e na justiça deve prover à vida do fraco, sem que haja para ele humilhação. Deve assegurar a existência dos que não podem trabalhar, sem lhes deixar a vida à mercê do acaso e da boa vontade de alguns". Ressalta, assim, aos espíritas, a imperiosidade de trabalhar para que a sociedade se baseie, cada vez mais na lei de Deus e na justiça, a fim de que o direito à vida, à dignidade e ao respeito humano seja reconhecido a todos indistintamente.

É indispensável que, embasados nos princípios espíritas, trabalhe-se para remover as causas geradoras da miséria, da ignorância e dos vícios. A Renovação do Ser humano e da política "Poderia sempre o homem, pelos seus esforços, vencer as suas más inclinações? - Sim, e, freqüentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é a vontade. Ah! quão poucos dentre vós fazem esforços!". (Questão nº 909 de O Livro dos Espíritos). O egoísmo expressando-se através de uma pessoa, ou de grupos de pessoas, é o sentimento centralizador do interesse próprio em detrimento dos outros. Preocupado com seu enquistamento no ser humano, perquiriu Allan Kardec: "Fundando-se o egoísmo no sentimento do interesse pessoal, bem difícil parece extirpá-lo no coração humano. Chegar-se-á a consegui-lo? - À medida que os homens se instruem acerca das coisas espirituais, menos valor dão às coisas materiais.

Depois, necessário é que se reformem as instituições humanas que o entretêm e excitam. Isso depende da educação". (Questão nº 914 de O Livro dos Espíritos). A orientação é no sentido de que a compreensão da vida espiritual liberta o homem da escravização às coisas materiais, isto é, elas deixam de ser um fim em si mesmas para se tornarem instrumentos do seu progresso espiritual. Por outro lado denunciam claramente a necessidade de se transformarem as instituições humanas que geram, motivam e estimulam o egoísmo.

O procedimento adequado a se intentar essa transformação é a educação no sentido amplo, ou seja, a conscientização e prática individual e coletiva dos princípios da justiça, da igualdade, da liberdade, do amor e da caridade. É imperioso, pois, que se combata o egoísmo, indo às causas que o geram no homem e nas instituições. Nessa linha de raciocínio, comenta Allan Kardec: "Louváveis esforços indubitavelmente se empregam para fazer que a humanidade progrida. Os bons sentimentos são animados, estimulados e honrados mais do que em qualquer outra época.

Entretanto, o egoísmo, verme roedor, continua a ser a chaga social. É um mal real, que se alastra por todo mundo e do qual cada homem é mais ou menos vítima. Cumpre pois, combatê-lo, como se combate uma enfermidade epidêmica". (Comentário à Questão nº 917 de O Livro dos Espíritos).

É evidente que nesse combate torna-se imperiosa a análise das "chagas da sociedade", ou seja, de órgãos, de instituições, organizações, sistemas econômicos e políticos que entretecem e excitam o egoísmo de forma individual ou coletiva. Mais uma vez fica claro que o aprimoramento do ser humano não pode ser feito apenas com a auto-educação como processo de isolamento e não participação consciente dentro da sociedade.

Extraído do site espirito.org.br

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