terça-feira, 18 de setembro de 2012

TENHO HISTÓRIA DE LUTA A FAVOR DA DEMOCRACIA


Faz alguns dias alguém que se intitula liderança de nossa religião me enviou um comunicado de que não poderia e não deveria continuar criticando um candidato conservador a Prefeitura de São Paulo, visto que o mesmo tem o seu apoio e assumiu junto ao FOUCESP compromissos com a laicidade.
Olha que tentei argumentar, avisar, demonstrar, mas segundo alguns o bolso sempre fala mais alto.
Mas quando já calado até por medida judicial a Igreja Católica resolve comprar a briga.
Tenho como religiosas diversas divergências com a Hierarquia Católica, mas sou obrigado a nos dizer que apesar de seu conservadorismo em diversos aspectos da sociedade eles não se curvam a intolerância religiosa.
Mas uma vez a Igreja Católica assume uma luta que nós Afro-brasileiros deveriam estar à frente. Nós deveríamos ter a coragem de afirmar que uma determinada denominação religiosa já nos persegue imagine com poder político e governando uma metrópole como São Paulo,
Fico entristecido ao ver candidatos a vereador que se intitulam do Axé defendendo o tal candidato. Faz tempo que na Historia da humanidade as pessoas não colocavam o pescoço na guilhotina; Das Duas uma ou não são do povo do Axé ou estão muito bem remunerados para tal tarefa.
Não sei se porque ando por minhas próprias pernas e acredito que alguns valores do Candomblé e da Umbanda não estão à venda nunca me curvarei a quem chama homossexualidade de doença, chuta santa Católica em TV e chama de adoradores do demônio aqueles quem creem em exu e nos Orixás, Inkises ou Vodunces.

TENHO HISTÓRIA DE LUTA A FAVOR DA DEMOCRACIA, TRABALHO A FAVOR DE POLITICAS PUBLICAS AFIRMATIVAS, NÃO PRECISA ESTAR BOM PRA MIM NEM PRA VOCÊ, PRECISA ESTAR BOM PARA SOCIEDADE. QUERO UMA SOCIEDADE QUE RESPEITE AS DIFERENÇAS, SOMENTE ASSIM TEREI CERTEZA QUE NÃO ESTOU TRAINDO MEU PAI SANGO E CUMPRINDO AS DETERMINAÇÕES DE OLUDUMARE.
QUEM É DO AXÉ , HOMOFOBICO NÃO É!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Dom Odilo critica chefe da campanha de Russomanno

O cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, divulgou neste domingo (16) um texto em que reafirma as críticas feitas pela Arquidiocese ao pastor Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB) e atual coordenador da campanha de Celso Russomano. O texto foi lido pelo cardeal durante missa das 11h na Catedral da Sé. Com o título “Política, com ofensas à Igreja, não!”, o artigo de Dom Odilo afirma que a “instrumentalização da religião, em função da busca do poder político, não prometem ser um bem para a sociedade” Fonte: (G1)


Íntegra do texto de Dom Odilo
Política, com ofensas à Igreja, não!



Na atual campanha eleitoral para os cargos do Poder Municipal, a Arquidiocese de São Paulo tem procurado manter uma postura coerente com as disposições canônicas da Igreja Católica e com suas próprias orientações pastorais. Instruções foram passadas ao clero, para que os espaços e os momentos de celebrações religiosas não sejam utilizados para a propaganda eleitoral partidária, nem para pedir votos para candidatos. Estas orientações também estão sintonizadas com as próprias normas da Justiça Eleitoral.

Entretanto, a mesma Arquidiocese, através de seu Arcebispo e dos Bispos Auxiliares, também deu orientações e critérios sobre a participação dos fiéis na campanha eleitoral e na vida política da cidade e sobre a escolha de candidatos idôneos, embora sem citar nomes ou partidos. Essas orientações estão amplamente divulgadas. Entendemos que o voto dos cidadãos é livre e não deve ser imposto aos fiéis, como por “cabresto eleitoral”, pelos ministros religiosos; nem devem nossos templos e organizações religiosas ser transformados em “currais eleitorais”, reeditando práticas de uma política viciada, que deveriam estar superadas. A manipulação política da religião não é um benefício para o convívio democrático e pluralista e pode colocar em risco a tolerância e a paz social.

Também com este propósito, enquanto organização presente de maneira capilar na cidade, a Arquidiocese de São Paulo convidou os 5 candidatos, atualmente mais bem posicionados nas pesquisas eleitorais, sem distinção de partido, para um colóquio com o clero e os religiosos, no próximo dia 20 de setembro, para que os candidatos tenham a ocasião de apresentar seus projetos e propósitos de governo e, da parte do clero e dos religiosos, possam ouvir os questionamentos sobre assuntos que interessam muito o povo de São Paulo e dizem respeito a realidades e questões, nas quais as organizações da nossa Igreja estão profundamente inseridas e envolvidas.

Consideramos que a manipulação e instrumentalização da religião, em função da busca do poder político, não prometem ser um bem para a sociedade e não são coerentes com os princípios da liberdade de consciência e do legítimo pluralismo no convívio dos cidadãos. Além de tudo, isso poderia deixar divisões e feridas dificilmente cicatrizáveis no seio das religiões e das comunidades religiosas.

Muito nos entristeceu, no contexto da propaganda eleitoral partidária, ver a Igreja Católica Apostólica Romana atacada e injuriada, de maneira injustificada e gratuita, justamente num artigo do chefe da campanha de um candidato à Prefeitura de São Paulo. Coisas ali ditas sobre a Igreja Católica são difamatórias e beiram ao absurdo, merecendo todo o repúdio. Não foram ofendidos e desprezados apenas os fiéis católicos da Arquidiocese de São Paulo, mas de toda a Igreja Católica no Brasil, uma vez que o autor do infeliz escrito também é chefe nacional do partido que representa.

Semelhantes ataques são inaceitáveis e a Arquidiocese de São Paulo não podia deixar de se manifestar, como fez com uma Nota de Repúdio, através de sua Assessoria de imprensa, durante a semana que passou. A Arquidiocese não aceita a afirmação de que o fato foi trazido à tona por ela mesma, ou por um “falso blogueiro”, uma vez que nem o próprio autor negou a autoria do escrito, que se encontra atualmente no seu blog, e também nos “sites” relacionados com o mesmo partido. Portanto, o artigo já estava sendo usado na campanha eleitoral, antes da manifestação da Arquidiocese.

Também é inaceitável que na campanha eleitoral se fomente um clima de intranqüilidade entre os cristãos das diversas comunidades e denominações, que convivem na cidade de São Paulo. Temos muito em comum na nossa fé e somos todos cidadãos desta cidade imensa, onde nossa atuação e testemunho comum de fé têm muito a contribuir para o bem da cidade, especialmente no serviço à justiça social, à verdade, à dignidade humana e na solidariedade para com os que mais sofrem e mais precisam das atenções do Poder Público municipal.

Reiteramos nossa orientação para que os fiéis católicos votem de maneira consciente, livre e responsável, e de acordo com os princípios e valores que orientam suas próprias vidas e da fé que abraçam, contribuindo para que nossa cidade seja governada por Autoridades dignas e atentas à promoção do bem da cidade, mais que aos interesses de parte, e capazes de promover a solidariedade e a paz entre todos os habitantes desta Metrópole.


SÃO PAULO, 16. 09. 2012
Cardeal D.Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo


Fonte: (http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/?q=node/173688  

Nota de repúdio emitida pela Arquidiocese de São Paulo

 Em nota divulgada dia 12, a Arquidiocese de São Paulo – através da assessoria de imprensa – repudia o texto escrito por Marcos Pereira, presidente do PRB, no blog que possui no portal “r7.com”. Marcos Pereira é pastor da Igreja Universal e, atualmente, também coordenada a campanha de Celso Russomano para a Prefeitura de São Paulo.
Na postagem, publicada em maio de 2011 e mantida até hoje (“Qual o futuro da educação no Brasil?”), o presidente do PRB faz criticas infundadas à Igreja Católica.

 Nota de repúdio emitida pela Arquidiocese de São Paulo


O “Pastor” Marcos Pereira, presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), do candidato à Prefeitura de São Paulo, Celso Russumano, partido que é manifestadamente ligado à Igreja Universal, publicou no seu Blog, em um site vinculado ao portal da Record, uma série de ataques à Igreja Católica (“Qual o futuro da educação no Brasil?” – R7). Numa clara demonstração de destempero, ele atribui à Igreja o tal "kit gay" do governo e se coloca totalmente contra o ensino religioso nas escolas, esquecendo-se que o “Acordo Brasil-Santa Sé” poderá ser interpretado a favor de todas as religiões. E não se impõe a ninguém, sendo a matrícula de livre escolha.
Qual seria o motivo para ataques tão gratuitos, infundados e ridículos à Igreja Católica em tempo de Campanha Eleitoral? Lamentavelmente, se já fomentam discórdia, ataques e ofensas, sem o Poder, o que esperar, se o conquistarem, mesmo parcialmente, pelo voto? É pra pensar!

Levou tempo e custou caro o retorno do Brasil à normalidade democrática. Vidas foram ceifadas até que os direitos mais elementares negados pelo regime militar fossem novamente respeitados.

Entre esses direitos, a reconquista do direito de expressão, de manifestação do pensamento, foi a mais festejada. Por isso mesmo, esse direito figura hoje entre os que mais são proclamados e defendidos. Até mesmo quando se ouvem ou se lêem posicionamentos ridículos, confusos, desrespeitosos e sem fundamento algum, como os de Marcos Pereira. Ele se pavoneia gritando um currículo invejável, como se isso lhe desse o direito de falar inverdades, para não dizer bobagens.

Deliciem-se os que gostam de perder tempo com as elocubrações fantasiosas de Marcos Pereira. Atribuir o malfadado “Kit Gay” e os males da educação no Brasil à Igreja Católica não faz nenhum sentido e cheira a intolerância religiosa, que nunca foi e nem deverá ser alimentada ou incentivada. Atribuir esses males à influência do Vaticano é um disparate tão grotesco que, sendo verdade o tão propalado currículo, o dono dele deve ter passado por um devaneio.

No seu destempero, Marcos Pereira vai mais longe, criticando o ensino religioso nas escolas, embora se afirme “Pastor”. Ele se bate contra a ditadura das minorias e nega o direito da maioria católica, que paga impostos e quer uma educação integral para seus filhos, educação intelectual, moral e religiosa. Queira ou não o nobre “jurista”, os católicos ainda somam mais de 60% da população brasileira (dados do IBGE 2010).


Fonte do texto: http://www.arquidiocesedesaopaulo.org.br/?q=node/172508

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